quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Maria Preta 1925, a Fulgurante defesa “Parte III”

Importante descoberta.

       Sempre tive a vontade de saber quantos eram os mortos deste combate, mas nos livros que li só encontrei algumas citações que não davam um numero exato apenas que haviam ocorrido diversas baixas, quase todas do lado legalista. Pois bem, talvez por se tratar de uma grande quantidade de soldados, os legalistas eram um alvo muito maior para o pequeno contingente de Cordeiro, que por isso teria derrubado mais adversários.
       Mas se atendo ao fato do oficial revolucionário, e a única perda daquele batalhão no combate, quem seria ele? sob que circunstancia teria morrido? Onde foi enterrado?
       O local de sua sepultura foi nos mostrado pelo Sr. Cella o entrevistado da postagem de ontem, ele mostrou aonde era a sepultura deste valente tenente (foto).
Geraldo Cella, com o braço em direçao ao ponto preto, local onde estava a cruz e o tumulo.
       Agora porem era a vez de verificar sua identidade já que sabíamos ser a única baixa em algum lugar haveríamos de encontrar algo a respeito; e sem sombra de duvidas encontramos, no livro Farrapos de Nossa Historia livro dificílimo de ser encontrado o autor João Silva, faz a devida homenagem aquele revolucionário:
“Cordeiro teve muita felicidade: perdeu apenas o bravo Ten. Ustra, filho de Uruguaiana. Este oficial que manejava um fuzil metralhadora, havia sempre se portado valentemente. Sua morte ocorreu no instante em que destravava a arma, que havia engasgado. Veio uma bala e o feriu mortalmente no rosto. Morreu rindo-se dentro da trincheira.”
Farrapos de Nossa Historia pg. 46.
Agora esclarecendo este lado, constatamos o esquecimento e o tumulo perdido em meio a uma plantação deste combatente, que vergonhosamente não teve o devido respeito das autoridades de nosso município.
Um achado que valeu a visita.
Atravessaremos agora para o outro lado da BR163, a fim de conhecermos as trincheiras dos legalistas, a foto nos da à real dimensão de como esta o local nos dias de hoje...

...das trincheiras só tem mesmo é a recordação, de propriedade da família Blau, tudo virou lavoura, como podemos conferir na foto; porem como já tínhamos a experiência de conhecer linha separação e saber como munições e armas saltam a terra ao passar as maquinas no plantio e colheita, resolvemos procurar algo naquelas proximidades. Sabendo que o Sr. Juventino encontrou diversos cartuchos de armas e objetos de montaria, não tive pra mim muita surpresa ao encontrar uma velha e enferrujada ferradura de cavalo em um buraco em meio à plantação (detalhe em vermelho na foto)...

...sei que muita coisa existe neste local, e a postagem de hoje é mais uma prova as autoridades de que tudo foi real, e que existem marcas até hoje, basta querer resgatar...continua amanha...
As fotos desta postagem, são arquivos da entidade.

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