A cachoeira coberta de corpos.

       Esta era a visão que ela tinha no dia 25 de março de 1925, corpos de soldados jogados por toda parte, um dia depois do combate de Separação, como falamos na postagem de ontem, hoje iríamos mostrar aquela que na época foi a cova de pelo menos uma centena de soldados, que simplesmente por não haverem recursos para serem enterrados, foram atirados em um perau existente na  proximidade do pequeno cemitério.

       Este perau que é mencionado no livro de Gilberto Pereira “As Cidades Gêmeas” é a bela cachoeira existente na época que ainda hoje pode ser visitada, inclusive um belo lugar para banhos...

“Os outros foram simplesmente jogados em um perau (cachoeira), que existe logo adiante...por ser impossível dar-lhes sepulturas individuais e por inexistência de caixões...”          As Cidades Gêmeas, Pag 72.

       Em entrevista realizada com a professora aposentada Cecília de Lara ela contou que mesmo após muitos anos depois desse ocorrido, na década de 50 ainda eram encontrados ossos humanos no local:

“Nós éramos em umas 15 moças aqui na separação, nos fins de semana nossa diversão era tomar banho; uma tarde uma amiga minha que não quero citar o nome por já ter falecido, mas é mãe de um policial daqui, mergulhou e trouxe na Mao um objeto que encontrou no fundo da cachoeira; para desespero de todas nós era um crânio humano, e a gente não queria mais ir La de medo, então meu pai pegou esse crânio e enterrou dentro daquele cemitério do prestes”

       A cachoeira que falamos hoje foi um local de desova de corpos durante aquela sangrenta revolução, mas e hoje como estaria este local, após muitos comentários e depoimento sobre este episódio fomos verificar e fotografar este “perau” confira as fotos.

        

       Para chegar a cachoeira é muito facil, após estar no pequeno cemiterio dos legalistas, basta seguir o curso do rio por 300m;

Obs: As fotos e a entrevista mencionada nesta postagem são arquivos da entidade.