domingo, 29 de janeiro de 2012

Maria Preta 1925, a Fulgurante defesa “Parte I”


       Dentre os combates travados por esta coluna (Coluna Prestes), salientan-se pelos seus resultados e afirmação cada vez maior... o rompimento do cerco de S. Luiz, o da Ramada... a retirada do Rio São Francisco... e “a Fulgurante defesa de Maria Preta” feita por 70 homens do B.F.V., diretamente comandados por Cordeiro de Farias, contra mais de 2000 adversários de Claudino Nunes.
       Cordeiro recebeu ordem de entrincheirar-se nesse ponto e ai deter o avanço da Coluna Claudino, afim de João Alberto, que fazia a retaguarda da retirada de S. Francisco, como ficou dito poder atingir a picada para Barracão.
       Cordeiro cumpriu galhardamente a missão que lhe fora confiada, até esgotar o ultimo cartucho, somente retirando quando a tropa de Claudino transpunha as suas trincheiras; e recuou em ordem, penetrando na picada que já fora alcançada por João Alberto, cobrindo-se assim de gloria pelo denodo com que se bateu.
 Lourenço Moreira Lima- Marchas e Combates 1931.
 Foto do Bacharel feroz como era conhecido Lourenço moreira Lima "fonte internet"


Gostaria de salientar aqui que outro livro de grande valor e muito usado em pesquisas por isso devesse tomar o devido cuidado é “As noites das grandes fogueiras”, escrito por Domingos Meirelles (reporter conhecido nacionalmente), porem ele comete um grande erro em seu valoroso trabalho no que diz respeito aos combates aqui acontecidos, ao misturar este combate com o da Separação, em sua obra ele comenta o seguinte:
...ao anoitecer... os rebeldes atraem as forças inimigas para um lugarejo chamado Maria Preta... na fronteira com a Argentina. Claudino e Firmino Pain ficam perdidos na escuridão...em mais de 4 horas de encarniçados combates, é surpreendente: cerca de 200 homens abatidos dos dois lados, (uma alusão ao combate de Separação).
Domingos Meirelles, As noites das grandes fogueiras, pgs. 349 e 350.


Voltando ao foco de nosso trabalho, desde este combate se passou 87 anos, o que teria acontecido realmente naquele dia em linha Maria Preta? Quantas foram as baixas? Que marcas este combate tão histórico deixou em nossa cidade? Como esta hoje o local? Estas são algumas de muitas perguntas que serão respondidas a partir de hoje, numa serie de cinco capitulos, em mais um trabalho de resgate feito por nossa entidade.
Não perca amanha a segunda parte desta historia a entrevista com o morador que reside ao lado de onde se travou o embate, o Sr. Geraldo Cella.

Um comentário:

  1. Cleiton, muito bom esse seu trabalho, muito importante também, porque ajuda a esclarecer quem fez o que nesse famoso combate de linha separação, quero receber por e-mail o final dessa saga. Parabéns.

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