Associação Nacional mais
uma vez cumpre seu papel com a sociedade e faz importante trabalho de resgate histórico.
Um acervo sobre a
Revolução Brasileira de 1924 que em nossa região é conhecida por Coluna Prestes
foi montado por nossa entidade. Este acervo que reúne uma centena de peças de incalculável
valor histórico esta exposto na FAF – Faculdade da Fronteira; Foram três anos
de pesquisas para juntar as peças deste acervo que ficara por um período de 120
dias na FAF e depois seguira um roteiro para outras escolas da região.
Outro fato
importante deste acervo é que uma justa homenagem se fez ao expedicionário de
nossa fronteira na 2° guerra mundial, Silvio Rodrigues de Andrade é homenageado
com o nome do acervo, tornando se patrono deste importante material, confira
abaixo a trajetória deste herói cerqueirense e as fotos do evento, que contou
com membros da entidade professores e alunos da FAF alem de familiares de
Silvio de Andrade.
ACERVO HISTÓRICO CATARINENSE
DA REVOLUÇÃO BRASILEIRA DE 1924
PRACINHA SILVIO RODRIGUES DE ANDRADE
(in memorian).
Silvio Rodrigues de Andrade é, sem duvida, um herói. É também
um dos maiores cerqueirenses que já existiu. Silvio nasceu em 1907, serviu ao
exercito no 5° Batalhão de Engenharia em Curitiba-PR, em 1942, mudou-se para o
Rio de Janeiro a fim de praticar treinamentos militares. Segundo informações
que obtivemos junto ao Ministério do Exercito, Silvio era Soldado e o número do
seu registro era: ID 5G/25535. Ele embarcou junto ao DB/FEB, em 23/11/44, em
uma viagem de navio, que durou 16 dias. Na Itália, combateu nas cidades de
Pistóia, Castelnuevo, Parma, Vale do Pó, Montese, Monte Piano, e participou da
famosa tomada de Monte Castelo. Nestes campos o Soldado Silvio lutou ao lado de
Cordeiro de Farias (o mesmo que combateu aqui em Dionísio Cerqueira no celebre
combate de Maria Preta). Vencida a guerra, o Soldado Silvio retornou ao Brasil
com a DB/FEB, em 03/10/1945 (Dados de familiares dão conta que Silvio não retornou
nesta data com a FEB, machucado ficou na Itália por quase quatro anos e quando
todos achavam que estava morto, mandou um cartão postal a pouco depois retornou
ao Brasil). Por ter lutado na guerra, recebeu a medalha de Campanha, que foi
conferida a todos os expedicionários. Por ter sido ferido em combate
(estilhaços de uma granada explodiram próximos de sua cabeça), recebeu a
medalha Sangue do Brasil. A medalha de Campanha e seu diploma, juntamente com o
retrato e a nota de uma lira, que Silvio trouxe da Itália, estão aqui expostos.
Esta exposição da Revolução de 1924 leva o nome do nobre combatente. Silvio
viveu o resto de sua vida ao lado da esposa Elza, em Dionísio Cerqueira. Ele
faleceu em 2002. Até hoje ironicamente e
vergonhosamente nem uma rua ou praça estampa o nome do soldado Silvio Rodrigues
de Andrade. Nosso herói morreu no anonimato, sem receber as honras militares que
lhe cabia. Nossa entidade lhe presta justa homenagem, pois o torna patrono
deste importante acervo histórico. Conferimos assim, a merecida honra a um
cerqueirense, que não pensou em si quando partiu para a guerra, pensou em todos
daquela época e nas gerações futuras, pois ele serviu ao seu país na luta pela
democracia e cumpriu sua missão honrosamente.
Nas fotos do cerimonial abaixo podemos conferir objetos expostos no acervo que remetem aos combates do inicio da revolução em São Paulo, de Maria Preta e Separação em Dionisio Cerqueira, bem como objetos do combate da Ponte ocorrido em Campo Erê, alem de objeto utilizado na Expedição Sagarana (cantil de porcelana), que percorreu todo a marcha da revolução.
Elza a direita chora ao ver a foto do marido ser descerada na exposição.
Por: AI/Nacional
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