segunda-feira, 22 de abril de 2013

Acervo histórico esta exposto no FAF.


Associação Nacional mais uma vez cumpre seu papel com a sociedade e faz importante trabalho de resgate histórico.

     Um acervo sobre a Revolução Brasileira de 1924 que em nossa região é conhecida por Coluna Prestes foi montado por nossa entidade. Este acervo que reúne uma centena de peças de incalculável valor histórico esta exposto na FAF – Faculdade da Fronteira; Foram três anos de pesquisas para juntar as peças deste acervo que ficara por um período de 120 dias na FAF e depois seguira um roteiro para outras escolas da região.
     Outro fato importante deste acervo é que uma justa homenagem se fez ao expedicionário de nossa fronteira na 2° guerra mundial, Silvio Rodrigues de Andrade é homenageado com o nome do acervo, tornando se patrono deste importante material, confira abaixo a trajetória deste herói cerqueirense e as fotos do evento, que contou com membros da entidade professores e alunos da FAF alem de familiares de Silvio de Andrade.
    
ACERVO HISTÓRICO CATARINENSE
DA REVOLUÇÃO BRASILEIRA DE 1924
   PRACINHA SILVIO RODRIGUES DE ANDRADE  
(in memorian).

Silvio Rodrigues de Andrade é, sem duvida, um herói. É também um dos maiores cerqueirenses que já existiu. Silvio nasceu em 1907, serviu ao exercito no 5° Batalhão de Engenharia em Curitiba-PR, em 1942, mudou-se para o Rio de Janeiro a fim de praticar treinamentos militares. Segundo informações que obtivemos junto ao Ministério do Exercito, Silvio era Soldado e o número do seu registro era: ID 5G/25535. Ele embarcou junto ao DB/FEB, em 23/11/44, em uma viagem de navio, que durou 16 dias. Na Itália, combateu nas cidades de Pistóia, Castelnuevo, Parma, Vale do Pó, Montese, Monte Piano, e participou da famosa tomada de Monte Castelo. Nestes campos o Soldado Silvio lutou ao lado de Cordeiro de Farias (o mesmo que combateu aqui em Dionísio Cerqueira no celebre combate de Maria Preta). Vencida a guerra, o Soldado Silvio retornou ao Brasil com a DB/FEB, em 03/10/1945 (Dados de familiares dão conta que Silvio não retornou nesta data com a FEB, machucado ficou na Itália por quase quatro anos e quando todos achavam que estava morto, mandou um cartão postal a pouco depois retornou ao Brasil). Por ter lutado na guerra, recebeu a medalha de Campanha, que foi conferida a todos os expedicionários. Por ter sido ferido em combate (estilhaços de uma granada explodiram próximos de sua cabeça), recebeu a medalha Sangue do Brasil. A medalha de Campanha e seu diploma, juntamente com o retrato e a nota de uma lira, que Silvio trouxe da Itália, estão aqui expostos. Esta exposição da Revolução de 1924 leva o nome do nobre combatente. Silvio viveu o resto de sua vida ao lado da esposa Elza, em Dionísio Cerqueira. Ele faleceu em 2002.  Até hoje ironicamente e vergonhosamente nem uma rua ou praça estampa o nome do soldado Silvio Rodrigues de Andrade. Nosso herói morreu no anonimato, sem receber as honras militares que lhe cabia. Nossa entidade lhe presta justa homenagem, pois o torna patrono deste importante acervo histórico. Conferimos assim, a merecida honra a um cerqueirense, que não pensou em si quando partiu para a guerra, pensou em todos daquela época e nas gerações futuras, pois ele serviu ao seu país na luta pela democracia e cumpriu sua missão honrosamente. 

     Nas fotos do cerimonial abaixo podemos conferir objetos expostos no acervo que remetem aos combates do inicio da revolução em São Paulo, de Maria Preta e Separação em Dionisio Cerqueira, bem como objetos do combate da Ponte ocorrido em Campo Erê, alem de objeto utilizado na Expedição Sagarana (cantil de porcelana), que percorreu todo a marcha da revolução.








  Elza a direita chora ao ver a foto do marido ser descerada na exposição.



















Por: AI/Nacional

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