terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Grêmio Aéreo Esportivo Independente

Crônica

Hoje estamos publicando esta crônica, escrita por um dos que defenderam o clube Independente na sua epoca de glorias, Bite como era chamado, não cheguei a conhecer, talves varios leitores o conheceram, achei muito lindo suas palavras, tanto que me levaram a publicalas aqui no blog; pois faz parte da historia da nossa cidade este enorme clube adormecido;

Um time chamado “ Saudade”
SINTO SAUDADES... De alguns abraços que ganhei, de outros tantos que me permitiram dar e do beijo da primeira namorada. Não tem como esquecer e tem hora que gostaria de jamais esquecer. Sinto saudades dos amigos da juventude, das farras que fizemos e ainda me lembro, como se tivesse acontecido ontem , das gargalhadas motivadas pelas piadas inocentes que contávamos repetidas vezes ao voltar para nossas casas depois de mais um dia de aula. Sinto saudades das minhas primeiras festinhas e dos bailes de fim de semana. Eu não dançava, mas adorava as comidinhas que as garotas levavam. Sinto saudades da minha cidade querida, de quantas e quantas vezes passei as tardes de domingo no Campo da Baixada curtindo meu time favorito. Sinto saudades da minha primeira bicicleta, da primeira bola de futebol e dos primeiros jogos que fiz pelo time do Independente. Não fui o melhor entre os jogadores, mas minha popularidade e as boas partidas que fiz me davam o direito de ser ídolo por alguns anos. Sinto saudades do Célio, Elias, Giba, Pedrão, Alberto, Teixeira, Coelho, Jango, Dé, Marau, Tena, Guinho, Alvair, Ledo, Edgar, Pedrinho, Toco, Airton, Sílvio, Alceu, Osmar, Dinho, Onofre, Boscato, Beto Fiorenza, eu também fazia parte deste time que deu muita alegria ao futebol de Dionísio Cerqueira e Barracão. Tinha o Iraci Maran (Nine), grande incentivador do futebol, carregava nosso Independente nas costas, depois foi o Antônio Carlos que era da Rádio Fronteira, e mais tarde surgiu o Barcelon, um espanhol boa gente que caiu sem querer em nosso time. Tempos em que fomos importantes para uma geração que torcia pelo nosso êxito. Sem falar de amigos de outras cidades que também jogavam para o Independente, como Ilmar, Ibanêz, Chocolate , Paraná, todos de Santo Antônio do Sudoeste, tinha o Sadi Corso de Pranchita, o Toto, da Argentina e muitos outros que agora me fogem da memória que já anda meia fraca. Olhando para o passado, encontramos muitos nomes que por diversos motivos não encontraram substitutos, dando razão para que as pessoas sintam bem aceso um sentimento saudosista. Apesar de todas as facilidades que existem atualmente, ninguém conseguiu superar o brilho de diversos atletas do passado. Vamos procurar relembrar alguns desses nomes, numa tentativa de não deixá-los cair no esquecimento a que estão sem relegados. Tenho quase certeza de que muitos jovens sequer ouviram falar nesses nomes, que tantas glórias trouxeram para o esporte da Tri Fronteira. A lista do passado é grande e vai merecer um capítulo à parte, tantos são os nomes a recordar. Estou procurando resgatar glórias antigas, para que não sejam esquecidas, e que sirvam de exemplo para os atletas de hoje, que desfrutam de muitas regalias jamais sonhadas por esses atletas, cujos resultados foram conseguidos à base de muita garra, muita força de vontade, e, principalmente muitos amor às cores do Grêmio Aéreo Esportivo Independente. Tínhamos pouco apoio, pouca infraestrutura, mas o amor falava mais alto nas tardes de domingo. Estamos devendo um preito de saudade aos que já estão competindo em outros planos, e um preito de reconhecimento aos que ainda estão entre nós. Obrigado pela felicidade dada a mim em participar deste gigante chamado Independente e quero fazer um apelo, façam do Grêmio Aéreo Esportivo Independente uma Fênix, que renasça das cinzas e volte a ser grande........

Por: Vilmar Bitencourt (Bite)  - Ex-goleiro do Independente -

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